Resumo

Um Sistema de Ensino Alternativo – Os Mini-Ciclos de Leccionamento Resumidos

   Como se poderá descrever todo um sistema de ensino alternativo em poucas palavras, particularmente para aqueles que não o conhecem de todo? Bom, há dois grandes aspectos principais, que, por si só, fazem toda a diferença relativamente ao actual sistema de ensino: a separação dos conhecimentos leccionados em unidades mais ou menos individualizadas, que podem ser frequentadas de uma forma mais ou menos independente das outras, e a organização dessas mesmas unidades de acordo com as suas relações e interdependências.

   Passo a elaborar: em vez de os vários aspectos do conhecimento humano serem organizados em disciplinas, ou áreas, que funcionam como unidades organizacionais básicas da transmissão de conhecimento, essa organização seria mais específica, mais individual, estando cada “pedaço indivisível” de matéria, cada “átomo” de matéria, separado dos restantes; isto constituiria um mini-ciclo de leccionamento, e é precisamente daqui que provém o nome (admito que ligeiramente ridículo) desta proposta de paradigma alternativo.

   Porém, uma tal organização não faria sentido algum se esses mesmos pedaços indivisíveis não pudessem ser encaixados para formar o todo original, e, tendo em conta que o conhecimento humano tende a ser contínuo e que as várias áreas se diluem, em certos pontos, umas nas outras, os vários mini-ciclos de leccionamento estariam organizados naquilo a que se poderia chamar a Árvore do Conhecimento, que corresponderia a um diagrama (que, irremediavelmente, se revelaria como bastante complexo) onde estariam indicadas as várias relações de dependência entre os mini-ciclos, sendo que, para frequentar um dado mini-ciclo, se terá de ter adquirido os conhecimentos correspondentes aos mini-ciclos considerados pré-requisitos. Convirá destacar, além disto, que, por conhecimentos, aqui, se entenderiam não só as questões mais teóricas, mais académicas, que correspondem ao que hoje tem maior enfoque no ensino dito regular, mas também matérias mais práticas, do domínio do saber fazer, que hoje foram maioritariamente relegadas para o ensino profissional.

   Esta organização permitiria uma maior flexibilidade na escolha dos conhecimentos por parte dos alunos, no sentido em que poderiam atingir quer uma maior especialização mais depressa, quer uma maior abrangência, visto não serem propriamente forçados a enveredar por nenhuma via, o que também ajudaria a reduzir o desinteresse que é tão responsável por situações diversas de abandono escolar. E, um pouco neste mesmo sentido de reduzir incómodos e estimular o interesse, e porque o propósito de qualquer sistema de ensino é mesmo o de ensinar, este sistema de ensino alternativa abandonaria aquilo que hoje em dia são das avaliações, em prol de uma escala binária: o aluno sabe ou não sabe a matéria, e nada mais; isto seria aferido por intermédio da realização de tarefas/exercícios, idealmente contidos numa plataforma on-line capaz de registar automaticamente os resultados e associá-los ao aluno (assim libertando o professor dos deveres de correcção), providenciando, ao mesmo tempo, um suporte para a matéria a leccionar e para a grande maioria das restantes questões organizacionais deste sistema de ensino.

   É certo que um resumo nunca poderá ser inteiramente esclarecedor, mas espero ter sido suficientemente claro na mensagem que queria transmitir. Em todo o caso, recomento aos leitores que possam ter ficado minimamente interessados que dêem uma vista de olhos num texto que descreve este sistema de ensino alternativo em maior pormenor, e que pode ser encontrado aqui.

   Obrigado por lerem!

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